Caros leitores, retornamos… E dessa vez para falar sobre educação!
Este é nosso primeiro artigo de uma série sobre o Uso educacional do WhatsApp na Educação. Afinal de contas, estamos vivendo momento ímpar na educação e percebe-se que muitos educadores, familiares e alunos que já estavam imersos neste ambiente ou estão entrando neste ambiente hoje ainda não aprenderam a usar, de forma qualificada e eficiente, esta ferramenta de comunicação.
A nossa proposta é justamente facilitar o processo de entendimento desta ferramenta educacional para que educadores passem a utilizá-la com muito mais fluidez tendo tempo para organizar seu pensamento e propor situações pedagógicas que extrapolem os limites da sala de aula adentrando nos lares de seus alunos. Mas chega de papo e vamos ao que realmente interessa.
Imagem retirada em Pixabay
Por quê usar o WhatsApp como recurso educacional?
Nesta pandemia foi possível perceber o quanto o WhatsApp se tornou uma ferramenta chave no processo de comunicação entre escolas e famílias visto que muitas pessoas não tinham ou têm acesso à internet, seja via wifi ou dados móveis, mas pelo menos, tinham um aparelho com o WhatsApp e um plano de telefonia que permitia o uso do aplicativo sem desconto nos dados móveis o que facilitou e muito o alcance das famílias.
Todavia, por diversos motivos, muitos educadores não queriam compartilhar seus contatos pessoais com familiares e alunos e no vai e vem dos processos decisórios, quase que todo mundo foi “meio que forçado” a ingressar neste mundo, sendo que muitos educadores, por falta de experiência, acabaram que compartilhando seus contatos pessoais ao invés de criar um perfil profissional. (vamos explicar na próxima postagem).
Tudo nesta vida, a depender da perspectiva, é uma questão de aprendizado. Por este motivo, acreditamos que o WhatsApp hoje poderá ser o aplicativo de comunicação que servirá de trampolim para aqueles aplicativos educacionais que foram criados realmente para este fim, mas isto é papo para outro momento.
É importante frisar que a quinta Competência Geral da Educação Básica estabelecida na BNCC – Base Nacional Comum Curricular; página 11 -, já prevê que educadores não só compreendam, usem e criem como também precisam desenvolver esta competência nos seus alunos:
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
Se prestares atenção a tudo o que está acontecendo com um olhar holístico e acreditar que tudo pode e deve ser pensado como um grande momento para o aprendizado e a compreensão desta cultura digital, mesmo que de forma básica, perceberás que um educador com a mente aberta ao novo possibilitará ao aluno novas formas aprender.
Sabemos o quanto é difícil aplicar, de forma prática esta ideia e que muitos professores não receberam nenhum tipo de formação inicial ou continuada para a compreensão deste fenômeno e é por este motivo que resolvemos escrever um pouco sobre o uso destas tecnologias aplicadas na educação.
Estaremos abertos para ouvir e trocar experiências com foco na produção de conteúdo de qualidade que realmente fará sentido para todos aqueles que encontrarem este texto. Então, vamos lá.
Mas afinal, como podemos usar o WhatsApp na Educação?
O WhatsApp é uma ferramenta poderosa. Além do uso comunicativo podemos explorar seu potencial pedagógico que pode ser ampliado se o educador desenvolver alguns passos e praticar de forma sistemática e organizada.
E como sabemos que este não é um assunto rápido e fácil, resolvemos dividir em várias postagens. Veja quais serão as nossas próximas postagens:
- Por quê e como devemos usar o WhatsApp na Educação (Postada 07/06/2020)
- Continuo usando o perfil pessoal ou migro para uma conta profissional? (Postada 07/06/2020)
- Salvando contatos dos alunos e familiares de forma massiva (Postado em 08/06/2020)
- Primeiros contatos e estabelecimento de regras e condutas éticas (Postado em 09/06/2020)
- As potencialidades pedagógicas dos Grupos de Estudos (Postado em 11/06/2020)
- Listas de Transmissão e entendendo suas funcionalidades educacionais (Postado em 12/06/2020)
- Como acessar o WhatsApp Web? (Postado em 05/07/2020)
- Como criar salas de videoconferência com até 50 pessoas? (Postado em 05/07/2020)
- Configurando as mensagens automáticas do WhatsApp Business;
- Organização e compartilhamento de notas e atividades escolares;
- Criando formulários de perguntas e respostas;
- Criando Bots Educacionais para WhatsApp;
- Cases de sucesso no uso educacional do WhatsApp.
Por tanto, fique atento no nosso conteúdo que vamos iniciar nossa jornada no mundo digital.
Professor Zevaldo Sousa
Criador do Lab de Educador
Um laboratório de experiências na educação
Conheça nosso curso no nosso canal do Youtube
Diante das possibilidades do uso do WhatsApp como ferramenta pedagógica, entendo que esse processo se dá de forma gradual e lenta, já que estamos falando de algo novo e que nos foi apresentado de forma tão abrupta. Pela experiência desses meses utilizando essa ferramenta com os alunos da EJA, percebi que ainda temos um longo caminho pela frente, mas que já ultrapassamos a barreira do desconhecido. Dessa forma, posso destacar alguns pontos positivos: a importância do professor como facilitador do conhecimento; o acesso imediato a informação, independentemente de onde esse aluno esteja; a possibilidade do uso de vídeos curtos e/ou áudios, dinamizando a aula; app de fácil acesso ao aluno; permite que o aluno organize o próprio momento de estudar e fazer suas atividades; abre um canal direto com o professor, permitindo que o aluno tire suas dúvidas e interaja de forma mais ampla. De negativo posso destacar: o desconhecimento das funcionalidades do WhatsApp no contexto educacional (pelo professor); dificuldades de acesso à internet de alguns alunos e professores; algumas vezes os horários de atendimento não são respeitados e o professor acaba por trabalhar além do tempo de aula.